terça-feira, 29 de junho de 2010

RIO - O goleiro Bruno ofereceu pensão de R$ 3,5 mil à estudante Eliza Samudio. A oferta foi apresentada em 27 de maio ao escritório da advogada Anne Faraco, em Porto Alegre, responsável pela defesa de Eliza na ação de investigação de paternidade na 1ª Vara de Família, no Fórum da Barra da Tijuca. Anne disse que a estudante voltou ao Rio no início de maio a convite do jogador, que teria pago sua hospedagem no Hotel Transamérica, também na Barra.
A advogada afirma que mantinha contato frequente por telefone com Eliza. Anne contou que a jovem decidiu voltar ao Rio contrariando sua orientação:
- Eu temia pela segurança dela e do bebê, mas Eliza acreditava que Bruno não teria coragem de fazer mal a ela e ao filho - disse.
Advogada diz que houve ameaças durante a gravidez
A advogada acrescentou que, durante a gravidez, a estudante sofreu ameaças de Bruno e de amigos dele. Por isso, ela sugeriu a Eliza que fosse para São Paulo, onde o menino nasceu em fevereiro passado. Após o parto, a estudante teria feito contato com o goleiro por telefone, mas Bruno se recusava a ver o bebê ou a ceder material para o exame de DNA.
No fim de abril, Eliza contou à advogada e a três amigas que havia recebido um convite do jogador para encontrá-lo na Barra. No Rio, ela teria ficado hospedada no hotel, onde o goleiro teria conhecido o bebê.
- Ela me disse que o Bruno foi ao hotel, pegou o bebê no colo e ofereceu ajuda - disse Anne.
A advogada disse ter recebido um telefonema do advogado Michel Asseff Filho, que enviou por fax, no dia 27 de maio, a proposta de pensão do jogador. Anne classificou o valor como baixo em relação ao salário do goleiro e sugeriu a Eliza uma contraproposta, incluindo o valor de um aluguel e de um plano de saúde do bebê. Na ocasião, a estudante disse que Bruno reagiu mal e teria se recusado a colocar os valores solicitados num acordo.
Eliza teria dito à advogada que o goleiro havia prometido pagar o aluguel de um apartamento em Belo Horizonte. Num telefonema, a estudante também contou a Anne que fora convidada por Bruno para ir a Minas Gerais.
O último contato por telefone com a cliente aconteceu no dia 4 passado. Na ocasião, Anne estranhou o fato de Eliza ter usado outro telefone para fazer a ligação. A estudante argumentou que havia perdido o celular e por isso estava usando o de um amigo de Bruno.
A Divisão de Homicídios de Contagem, em Minas Gerais, investiga se Eliza esteve hospedada no Hotel Transamérica, quem pagou as diárias e se há imagens do circuito de segurança mostrando Bruno ou Eliza.
Amigas negam que Eliza tenha abandonado o filho
Em depoimento por carta precatória na Divisão de Homicídios do Rio, as duas amigas de Eliza confirmaram que a estudante tinha voltado ao Rio a convite do jogador. Segundo elas, Eliza ficou hospedada na Barra, mas passava alguns dias com elas num apartamento em Curicica, Jacarepaguá. Após o desaparecimento da estudante, as duas jovens buscaram abrigo na casa de uma amiga, temendo represálias do goleiro e de seus amigos.
As duas jovens e Anne Faraco afirmaram que Eliza jamais abandonaria o filho, como alegou a mulher do goleiro. Segundo elas, a estudante levava o bebê para todo lado.
O GLOBO não conseguiu fazer contato com o advogado Michel Asseff Filho, para que comentasse a proposta de acordo enviada à advogada de Porto Alegre.

Fonte: www.oglobo.globo.com

Policia realiza busca no sítio de jogador

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Contagem (Minas Gerais)

O depoimento da advogada Anne Faraco, que defendia Eliza Samudio na ação de reconhecimento de paternidade movida contra o goleiro Bruno, caiu como uma bomba e reforçou as suspeitas da polícia de que Bruno teria premeditado e atraído a ex-amante para Minas. Ontem, na DH de Contagem, ela disse ter conversado com sua cliente na véspera de seu desaparecimento e que a jovem estava feliz porque o jogador teria aceitado fazer o exame de DNA sem precisar da ordem judicial. O exame seria feito dia 7, mas Eliza sumiu dois dias antes.
O processo de investigação de paternidade corria na 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca. “O juiz havia determinado que o exame fosse feito, o Departamento Médico Judiciário ficou de marcar a data, mas demorou. Nesse tempo as coisas se acertaram e eles foram se acertando. Até que, no dia 4, ela me falou que ele tinha topado fazer o exame, que ia encontrá-lo e que ele faria o DNA em dois dias. Depois, nunca mais falei com ela”, disse a advogada.
Anne Faraco contou ainda que os termos do acordo de pensão já estavam prontos e que ela e o advogado do jogador já tinham cópia da minuta do contrato. A advogada também falou sobre a mudança repentina de Bruno nos últimos meses. “Ele passou a dar dinheiro para ela”, diz.
Ontem, policiais militares e bombeiros foram até o sítio do goleiro para tentar fazer buscas. No entanto, como não tinham mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, eles não tiveram a permissão de entrar na propriedade.

Eliza contou que Bruno aceitara acordo, afirma advogada


O depoimento da advogada Anne Faraco, que defendia Eliza Samudio na ação de reconhecimento de paternidade movida contra o goleiro do Flamengo, Bruno, reforçou as suspeitas da polícia de que ele teria premeditado e atraído a ex-amante para Minas. No domingo, em Contagem, ela disse ter conversado com sua cliente na véspera de seu desaparecimento e que a jovem estava feliz porque o jogador teria aceitado fazer o exame de DNA sem precisar da ordem judicial. O exame seria realizado no dia 7, mas Eliza sumiu dois dias antes.
O processo de investigação de paternidade corria na 1ª Vara de Família da Barra da Tijuca. "O juiz havia determinado que o exame fosse feito, o Departamento Médico Judiciário ficou de marcar a data, mas demorou. Nesse tempo eles foram se acertando. Até que, no dia 4, ela me falou que ele tinha topado fazer o exame, que ia encontrá-lo e que ele faria o DNA em dois dias. Depois, nunca mais falei com ela", disse a advogada.
Anne Faraco contou ainda que os termos do acordo de pensão já estavam prontos e que ela e o advogado do jogador já tinham cópia da minuta do contrato. A advogada também falou sobre a mudança repentina de Bruno nos últimos meses. "Ele passou a dar dinheiro para ela", afirmou.
Ontem, policiais militares e bombeiros foram até o sítio do goleiro para tentar fazer buscas. No entanto, como não tinham mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, não tiveram a permissão de entrar na propriedade.

Justiça concede guarda de suposto filho de Bruno a avós maternos

Direto de Contagem
A Justiça de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, concedeu na tarde deste domingo a guarda do suposto filho do goleiro do Flamengo Bruno com a estudante Eliza Silva Samudio, 25 anos, aos avós maternos da criança, o casal Luiz Carlos Samudio e Silvia Samudio. A decisão foi tomada pelo juiz Antônio Pádua, após pedido dos advogados da família da estudante, desaparecida desde o dia 4 de junho.
No ano passado, a paranaense Eliza procurou a polícia para dizer que estava grávida de Bruno e que o goleiro a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. O processo de reconhecimento de paternidade corre na Justiça do Rio. O menino foi registrado apenas com o nome da mãe, sem pai declarado.
Os pais de Eliza chegaram ao Estado de Minas Gerais na tarde deste domingo. De acordo com a Justiça, às 18h, eles pegaram o bebê Bruno Samudio, 4 meses, no abrigo Ephata, localizado no bairro Petrolândia, em Contagem, onde a criança estava desde que foi encontrada pela polícia com uma adolescente.
Ao chegar em Contagem, o pai da estudante afirmou que a família não acredita que ela ainda esteja viva. "A esperança é a última que morre, mas, no fundo no fundo, eu tenho quase certeza que ela não está entre a gente", afirmou.
Samudio e a mulher, Silvia Samudio, mãe de Eliza, deixaram Foz do Iguaçu, no Paraná, com a intenção de acompanhar as investigações da polícia e também tentar a guarda do neto, conseguida no final da tarde deste domingo.
"Ela (Eliza) falou muito com minha esposa, através de MSN. A criança era o maior xodó que ela tinha, o maior amor de que a gente já viu com uma criança. Ela mandava as fotos periodicamente para a gente, acompanhando como estava a criança. Ela estava muito feliz", disse o pai da estudante.
O Departamento de Investigações da Polícia Civil em Belo Horizonte vai apoiar a Delegacia de Homicídios de Contagem na apuração do desaparecimento de Eliza.

O caso
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. A delegada Alessandra disse que contatou as amiga de Eliza no Rio, que confirmaram a viagem. Na última quinta-feira, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, no condomínio Turmalina, em Nova Contagem. Ainda de acordo com a informações recebidas pela polícia sob sigilo, o goleiro teria queimado roupas e pertences de Eliza após o crime.
Segundo a apuração da delegada, Bruno esteve no sítio entre os dias 6 e 10 de junho. Na noite desta sexta-feira, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. A atual mulher do goleiro negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que, por volta de 19h de sexta-feira, Dayane havia entregue o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado.
Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade na manhã deste sábado. Ela também será novamente convocada a depor.
Ontem, por meio de sua assessoria, Bruno disse não saber do paradeiro de Eliza, nem do filho. "Não tenho contato com essa mulher há mais de dois meses. Nunca a levei para Minas. Nas férias fui para minha fazenda com a Dayane, minha esposa, e minhas filhas. A Dayane continua lá, e eu voltei para treinar", afirmou o goleiro.
Outras polêmicas
O goleiro Bruno já esteve nos noticiários outras vezes. Quando jogava pelo Atlético-MG, em 2006, ele foi detido em Ribeirão das Neves, cidade onde morava, por ter participado de um racha de carros durante a madrugada.
Já no Flamengo, em 2008, Bruno e outras atletas da equipe carioca se envolveram em uma briga com garotas de programa durante uma festa no sítio do atleta logo após uma partida entre o rubro-negro e o Atlético-MG.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Casamento pela internet

Um casal brasileiro que mora na Suíça se casou pela internet na última sexta-feira (11). O registro da união foi feito no cartório de Indaiatuba (SP) na presença física dos pais e da virtual dos noivos que acompanharam todo ritual pela web, trajados a caráter.
Na legislação brasileira - conforme informa Euclides de Oliveira, ex-presidente do IBDFAM-SP - em rito do casamento civil é indispensável o comparecimento das partes, pessoalmente ou representados por procuradores. Apesar dos noivos terem concedido a declaração à distância, os pais não só como espectadores, também eram procuradores do casal.
Trata-se do segundo caso de casamento pela internet que se tem notícia no Brasil. O primeiro aconteceu em Osasco (SP) em 2008. Para Euclides, a tendência da legislação brasileira é incorporar essa demanda e se modernizar. "Em breve, essa declaração solene dos nubentes pela web será permitida, dispensando procuradores, como já se faz com relação a determinados negócios jurídicos e, também, para interrogatório e outras provas na esfera penal", acredita.
****************************************************************************
Fonte: Boletim Eletrônico do IBDFAM n° 156

Gestante gaúcha decide ter bebê anencéfalo

O filho que a promotora de vendas D.N.M. , 22 anos, carrega no ventre é vítima de uma doença rara, a Síndrome de Meckel-Gruber. Nascerá com má formação cerebral e sobreviverá por um período incerto.
Decidida a interromper a gravidez, a gestante entrou na Justiça, obteve autorização judicial para o aborto, mas mudou de ideia enquanto aguardava uma decisão.
As dúvidas atormentaram D.N.M., moradora na cidade de Rio Grande, desde 3 de maio, quando soube que seu segundo filho nasceria anencéfalo (sem cérebro). Um novo exame ratificou o primeiro e deu início a uma batalha judicial para que a mãe tivesse o direito de interromper a gestação.
A burocracia e os prazos processuais deram à gestante a oportunidade de refletir e tempo para que ela ouvisse as batidas do coração do bebê, desistindo de interromper a gravidez.
Ao saber da anencefalia, ela procurou a Defensoria Pública, que pediu novos laudos médicos, mas entrou com a ação judicial dois dias depois. No dia 24 de maio houve a primeira audiência, mas o médico - que deveria depor, para esclarecer a juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva - faltou. Outra audiência foi marcada para 31 de maio. Após mais 17 dias, saiu a decisão.
Após 46 dias de espera, já na 19ª semana de gravidez, Daniele obteve, na última quinta-feira (17), autorização para realizar o aborto, concedida pela 1ª Vara Criminal de Rio Grande. No dia seguinte, a gestante confirmou a desistência.
– A magistrada precisava apurar bem o fato, já que a decisão seria irreversível – explica o defensor Telmo Mendes. Ela adianta que a decisão de desistir do aborfo foi exclusivamente da mãe. A 1ª Vara Criminal de Rio Grande será informada hoje.
***************************************************************
Fonte: Espaço Vital, 21/06/2010, www.espacovital.com.br